Como será o tão falado “Novo Mundo” para o turismo?

Há muitas incertezas, o horizonte está sob uma cortina “enfumaçada” A proa está desnorteada, o mapa parece um rabisco, os caminhos percorridos até agora nos dão insegurança para a trajetória adiante, deixando os atores perplexos, diante do seu público, sem saber qual o próximo ato deste espetáculo confuso.

E que espetáculo é esse?

Atores e público assistindo a um show que não teve “avant première”.

Todos fomos pegos de surpresa.

Quando nos demos conta, as cortinas já estavam abertas e as luzes, ao invés de se acenderam, foram se tornando opacas e obtusas.

Estamos vivendo a “Era das Lives”

Todos os dias, em todos os horários, em todos os segmentos, há uma variedade de temas que nos dá a clara visão de que realmente O Turismo é uma cadeia produtiva fenomenal. E, nestes tempos de COVID-19, nos deparamos com a certeza que somos realmente uma importante ferramenta de desenvolvimento da sociedade: econômica, cultural, social, ambiental, entre outras. Quando o turismo deixa de girar, a engrenagem fica defeituosa.

Uma coisa é certa: estamos diante do maior desafio de toda a História, não apenas no turismo, mas para a humanidade.

magno Zouza Turismo de Natureza

Haverá mesmo uma nova “normalidade”?

Os conceitos serão revistos e aplicados?

Os inúmeros protocolos terão prazo de validade?

Os paradigmas serão quebrados e novos emergirão?

Há muitas teorias, muitas previsões, muitos estudos, estatísticas mil que geram perspectivas e dúvidas, novos formatos e metodologias sendo apresentados como a solução mágica que trará a felicidade geral da nação.

Porém, só o tempo nos dirá que resultados essa pandemia deixará como legado.

Infelizmente, somente os que sobreviverem serão testemunhas.

E quando cito “sobreviventes”, me refiro literalmente ao CPF ou CNPJ.

É certo que o turismo terá sua retomada em menor ritmo do que as demais atividades. Haverá uma lentidão indesejada no cenário das viagens internacionais, por razões diversas: restrições fronteiriças, custos altos, o trauma sanitário e uma gama de problemáticas que deverão ser administradas por cada país.

O turismo internacional acena timidamente para 2021

O cenário da retomada nacional, seja em que país for, dá sinais claros que ocorrerá nos entornos, ou seja, nas proximidades. Para o turismo de natureza é uma ótima oportunidade de se repensar, reestruturar, valorizar os atrativos regionais, reaproximar os atores locais, estimulando os pequenos negócios, receptivos, guias, movimentando essa economia.

Certamente alguns destinos mais específicos, que tenham relevância forte, mesmo que distantes, continuarão no imaginário dos viajantes, e estes não perderão suas demandas, embora reduzidas. Nesse contexto, há que reinventar-se com a nova realidade e fazer frente ao novo cenário.

É fundamental que os empresários do setor do turismo de natureza concebam modelos e práticas adequados com os novos tempos, pois os viajantes também passarão por um processo de melhorias em seu perfil de consumidores.

Há que se buscar muito mais do que “vender pacotes de viagens”. Mas sintonizar com a nova ordem do segmento, ou seja, oferecer e entregar “experiências de natureza que sejam transformadoras de vidas”. E, neste contexto, a SUSTENTABILIDADE deverá ser PLENA em toda a sua essência e práticas, e não apenas nos bonitos textos que se lê nos escopos dos produtos.

Sustentabilidade ambiental, social, econômica, cultural, comunitária e em todas as realidades que envolvam as atividades do turismo de natureza – esta é uma das novas ordens do turismo pós-pandemia.

Será uma premissa dos atores do turismo regional a prática da inteligência e compreensão de que passou a época de cada um por si, de cada um resolvendo o seu lado, de se manter na informalidade ou desagregado do trade, concorrendo um com os outros como se as atividades pudessem ser monopolizadas.

O momento é de cair na real

Ao invés de embates, deveremos ser parceiros, pensar juntos, promover a cooperação, cada um com o seu jeito de fazer as coisas. Mas sempre priorizando o DESTINO como objetivo central. Pois, quando o destino é forte, todos os envolvidos no setor são beneficiados.

E falando particularmente para o meu estado de Roraima e para os colegas do turismo, é importante termos atitudes de união e sermos promotores das boas práticas do turismo. Deveremos atuar sempre com ética, profissionalismo, dentro da Legislação, e manter o respeito entre todos que vivem destas atividades.

A concorrência mais expressiva não é entre nós, mas com o mundo lá fora, ou seja, temos um desafio enorme de colocar nosso estado como desejo dos viajantes.

Se Roraima é um destino desejado, todos seremos beneficiados.

Trabalhar juntos com esse propósito deve ser A META de todos os profissionais do turismo.

Esse foco deve ser não apenas para Roraima, mas para cada região do Brasil que deseja ver sua estrela brilhar no mapa do turismo nacional e internacional.

É preciso compreender e assimilar as lições que o momento nos ensina.

O mundo não acabará desta vez. A história da humanidade continuará sendo escrita.

O Brasil é a bola da vez no turismo de natureza no mundo.

Se soubermos aproveitar o momento, viveremos um período de muita prosperidade.

Basta acreditar e fazer o dever de casa.

Vamos, juntos, escrever nossa história de forma bonita, profissional e valiosa. E, acima de tudo, mostrando ao mundo que somos um povo diferente, em especial aos companheiros da Amazônia brasileira.

Autor: Joaquim Magno de Souza

Roraima Adventures Turismo

roraimaadventures.com.br

magno@roraima-brasil.com.br

@roraimaadventures

@magnosouzarr

Imagem via pixabay

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